Diante dos mandados de busca e apreensão cumpridos hoje pela Polícia Federal contra o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos) sobre a atuação da chamada “Abin Paralela” no governo de Jair Bolsonaro (PL), o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), comentou que não sabe se esteve entre os “monitorados”, mas confirmou que o assunto será tratado na próxima reunião do Consórcio Nordeste que será realizada neste dia 31 de janeiro em Natal, Rio Grande do Norte.
“Com certeza isso será pauta da nossa reunião. Não tenho informação nenhuma se fui monitorado”, declarou João, acrescentando: “Tudo isso a gente estranha muito. É inadmissível que a estrutura de governo seja usada para beneficiar individualmente pessoas. Não é para isso que existe governo e sim para promover políticas públicas e beneficiar a população. Se isso aconteceu, que seja devidamente punido”.
Os investigadores da PF afirmam que oficiais da Abin e policiais federais lotados na agência monitoraram os passos de adversários políticos de Bolsonaro e produziram relatórios de informações “por meio de ações clandestinas” sem “qualquer controle judicial ou do Ministério Público”.
A ação desta segunda-feira é um desdobramento das operações Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira (25), e da Última Milha, realizada em outubro de 2023.
Ambas as ações envolvem o uso do software espião FirstMile pela Abin e produção de relatórios de inteligência no governo Bolsonaro.
A PF investiga se a agência utilizou o software de geolocalização e se produziu relatórios sobre ministros do STF, políticos e outros adversários do ex-presidente.
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